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  • A Lei é Para Todos. Só que Não.

    Uma saga, um reflexo de um modo de vida. Um país com leis que deveriam proteger, mas frequentemente aplicadas ao contrário. Este é o Brasil em que vivemos hoje. Ironicamente um filme com o nome " A lei é para todos" Inicio este texto admitindo: há tempos não assisto a filmes nacionais. Por quê? Pelo mesmo motivo que me fez abandonar as novelas há mais de 15 anos. São sempre as mesmas histórias recicladas, recheadas de traições, vulgaridade, trapaças e excessos sexuais. Pouco ou nada resta de narrativas que desafiem a mente ou provoquem reflexões profundas na teledramaturgia brasileira. Recentemente, porém, algo me fez reconsiderar. Um filme na Netflix sobre a operação Lava Jato chamou minha atenção. Com um balde de pipoca nas mãos, dei play. Mas, para minha surpresa, o que começou como um filme transformou-se, aos meus olhos, em um documentário vivo e palpável. As cenas encenadas foram confirmadas, quase quadro a quadro, pelos vídeos reais dos interrogatórios que marcaram o processo histórico. E então veio a pergunta inevitável: o que levou os ministros a distorcerem as leis de forma tão escancarada para libertar um criminoso condenado? Não apenas um ladrão, mas o líder de um esquema que saqueou uma nação. Ele, que ao sair da prisão, não escondeu o desejo de vingança contra aqueles que buscaram a justiça e trouxeram seus crimes à luz. A quem ainda não assistiu, recomendo fortemente que veja o filme e encare a realidade nua e crua. Será impossível desviar os olhos da verdade. A ética — um conceito que muitos parecem tratar como um artigo de luxo — torna-se um espectro dolorosamente ausente após assistir a essa obra. A palavra “ética” talvez se torne para alguns uma curiosidade perdida no dicionário. Para outros, quem sabe, desperte o impulso de se tornar um defensor da justiça. Esse documentário pode abrir os olhos de quem, assim como eu, ainda acredita que alertar os outros é um dever moral. No final das contas, é essa a nossa realidade. Vivemos em uma terra fértil e rica, mas habitada por uma triste carência de caráter. Que possamos, ao menos, continuar enxergando a verdade — e, com sorte, encontrar coragem para transformá-la. Abaixo um resumo do que aconteceu, e o desfecho todos já sabem. Um ex-presidiário volta a cena do crime e vem cumprindo o que prometeu. Descondenado, sim. Inocente. Jamais! A Operação Lava Jato, iniciada em 17 de março de 2014, revelou um vasto esquema de corrupção no Brasil, resultando em números expressivos ao longo de sua atuação. Principais dados da Operação Lava Jato: Fases da operação: Foram deflagradas 79 fases ao longo de quase sete anos de investigação. Condenações: Até março de 2019, a operação contabilizava 285 condenações, totalizando mais de 3.000 anos de penas. Delações premiadas: Foram firmados 399 acordos de delação premiada e 43 acordos de leniência com empresas. Recuperação de recursos: A operação conseguiu recuperar R$ 4,3 bilhões desviados dos cofres públicos, devolvidos à Petrobras, além de R$ 111 milhões recuperados a partir de acordos de delação. Denunciados: Foram denunciadas 553 pessoas ao longo das diversas fases da operação. Prisão de políticos: Entre os presos, destacam-se dois ex-presidentes da República, além de diversos parlamentares e governadores. Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou diversas acusações judiciais, principalmente relacionadas à Operação Lava Jato. Abaixo, destacam-se os principais casos: 1. Caso do Tríplex no Guarujá: Acusação: Lula foi acusado de receber um apartamento tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, como propina da construtora OAS em troca de favorecimentos em contratos com a Petrobras. Desfecho: Em julho de 2017, foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Posteriormente, a pena foi aumentada para 12 anos e um mês. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações, alegando incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar o caso. Wikipedia 2. Sítio de Atibaia: Acusação: Lula teria recebido reformas no sítio de Atibaia, interior de São Paulo, como vantagem indevida das construtoras Odebrecht e OAS, em troca de benefícios em contratos públicos. Desfecho: Condenado em fevereiro de 2019 a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em 2021, o STF também anulou essa condenação pelos mesmos motivos do caso tríplex. 3. Instituto Lula: Acusação: Recebimento de doações ilícitas de empreiteiras para o Instituto Lula, que seriam, na verdade, pagamentos de propina disfarçados. Desfecho: As ações relacionadas a essas acusações foram anuladas pelo STF em 2021. 4. Obstrução de Justiça: Acusação: Tentativa de comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, para impedir delação premiada. Desfecho: Em 2019, a Justiça Federal absolveu Lula por falta de provas. 5. "Quadrilhão do PT": Acusação: Formação de organização criminosa para desviar recursos públicos. Desfecho: Em 2019, a Justiça absolveu Lula e outros membros do PT por falta de provas. Reuters É importante notar que, embora o STF tenha anulado as condenações de Lula, isso não implica necessariamente em sua inocência, mas sim em questões processuais, como a incompetência do juízo que o condenou. Atualmente, Lula não possui condenações criminais ativas e está apto a exercer direitos políticos. Desdobramentos recentes nos processos contra Lula Reuters Vídeo omite que Justiça absolveu acusados ou rejeitou denúncias no "quadrilhão do PT" há 147 dias Reuters Lula cobrou R$ 815 mil da OAS por apartamento pago pela ex-esposa, não por tríplex há 98 dias filmedalavaajato #PoliciaFederalAJustiçaÉParaTodos

  • Crise no Banco Master: liquidação extrajudicial e prisão de seu proprietário, Daniel Vorcaro.

    Crise no Banco Master: liquidação extrajudicial e prisão de seu dono São Paulo / Brasília   O Banco Central (BC) decretou, em 18 de novembro de 2025, a liquidação extrajudicial  do Banco Master, encerrando abruptamente as operações da instituição ao mesmo tempo em que o empresário Daniel Vorcaro, então controlador do banco, foi preso pela Polícia Federal em São Paulo, sob suspeitas de fraudes. Quem é Vorcaro  e sua prisão? Vercaro é empresário, ex-presidente e maior acionista do Banco Master. A operação policial : Vorcaro foi preso em São Paulo (Aeroporto de Guarulhos), quando tentava embarcar para o exterior. Ele  está sob investigação por crimes como gestão fraudulenta, organização criminosa e emissão de títulos de crédito falsos. Segundo apurações, o Master teria simulado carteiras de crédito sem lastro para sustentar a emissão de CDBs de alto rendimento. Operação “Carbono Oculto” : esse é o nome da operação da PF que investiga essas supostas fraudes no Banco Master. As investigações apontam desde Modelos de captação agressiva. O Master cresceu muito nos últimos anos oferecendo Certificados de Depósito Bancário (CDBs) com remuneração muito acima do mercado entre 120% e 140% do CDI . Com essa expressividade em rendimentos atraiu muitos investidores, mas também levantou críticas: para pagar esses juros elevados, o banco investia em ativos de risco elevado ou de baixa liquidez, como precatórios (dívidas judiciais de entes públicos) e participações em empresas problemáticas. Autoridades e analistas do mercado questionaram a real avaliação dos ativos do banco. Um ex-diretor do BC afirmou que muitos dos ativos reportados no balanço do Master estavam “fora de preço” e podiam não valer nem metade do que constava. Durante as negociações para uma possível aquisição pelo BRB (Banco de Brasília), parte significativa dos ativos algo em torno de R$ 23 bilhões foi classificada como “problemática” e ficou de fora do acordo. Em reuniões privadas, o Banco Central destacou para o BRB que havia “risco de sucessão”: se o BRB adquirisse parte do Master, poderia acabar sendo responsabilizado por passivos não evidenciados, caso os ativos problemáticos se revelassem mais danosos do que declarados. O BC afirmou que há dificuldade para avaliar a totalidade dos ativos, especialmente os precatórios e direitos creditórios. O Master detinha uma captação tão expressiva que seu eventual colapso representava risco para o FGC fundo que garante depósitos de até R$ 250 mil por CPF/CNPJ em casos de falência bancária. Devido a esse episódio, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou medidas mais rígidas para bancos com alto grau de alavancagem, obrigando instituições mais arriscadas a investirem em títulos públicos para reduzir risco sistêmico. Por que o Banco Central escolheu a liquidação (e não intervenção) Segundo especialistas, o BC entendeu que a situação financeira do Master era irreversível ou arriscada demais para permitir uma recuperação simples. Liquidação extrajudicial : é uma medida extrema, usada quando a instituição está insolvente ou com graves infrações regulatórias. O BC indica um liquidante para vender ativos e pagar credores, e pode acioná-lo para pedir falência se os ativos forem insuficientes. Intervenção : alternativa menos radical, usada quando há chance de recuperação. No entanto, fontes apontam que o BC avaliou que a liquidação era mais adequada para o Master, dada a magnitude das divergências patrimoniais. Muitos correntistas e investidores de CDB terão seus créditos avaliados pelo liquidante nomeado pelo BC. Parte desses recursos pode ser coberta pelo FGC, até o limite garantido por pessoa (ou empresa), por banco. Com a crise do Master acelerou-se a reformas no Fundo Garantidor, com novas exigências para bancos mais alavancados. O episódio gerou apreensão no mercado financeiro sobre modelos de negócio que apostam em altíssimas captações e investimentos em ativos pouco líquidos ou arriscados. Também reacendeu debates sobre regulação bancária, transparência e risco sistêmico. A prisão de Vorcaro e as investigações podem gerar repercussões políticas há quem veja no caso riscos para a imagem de bancos médios, bancos públicos (como o BRB) e para a atuação do BC. Em síntese, vários fatores convergiram para a crise do Banco Master: Um modelo de negócio agressivo , baseado em captação cara e alto risco, que funcionou bem enquanto os mercados estavam favoráveis, mas se tornou vulnerável quando questionado. Ativos complicados  (“precatórios”, créditos judiciais, participações em empresas) cujo valor real era difícil de mensurar e verificar. Desconfiança do mercado  quanto à solidez patrimonial do banco, que levantou alertas regulatórios. Pressão regulatória : o BC e o FGC mostraram preocupação com a exposição do fundo garantidor ao Master. Suspeitas de fraude : a investigação da PF aponta para gestão temerária ou criminosa, o que reduziu ainda mais as opções de reestruturação viável. E o que acontece a partir de agora com o proprietário do banco Master. Atente-se a novela do Master: quando contratar a esposa do ministro vira “defesa” de verdade? Pois não é que o senhor Vorcaro veio com um plot digno de série de drama jurídico? O Banqueiro Daniel Vorcaro contratou ninguém menos que Viviane Barci de Moraes , para defendê-lo em ações judiciais. Sim, a advogada é a cônjuge de Alexandre de Moraes , ministro do STF. A escolha, no mínimo, levanta algumas sobrancelhas: será que é só “confiança no escritório”, ou uma jogada de xadrez envolvendo influência política? Afinal, o escritório Barci de Moraes conta com Viviane e mais os dois filhos do ministro. E, para temperar a polêmica, segundo levantamos, embora Viviane represente o Master, não há processos no STF com ela como advogada do banco   pelo menos nenhum identificado até agora. Uma pergunta que se faz nesse caso é, quanto tempo ele vai passar detido e até onde essa roda de poder pode protegê-lo? Vorcaro ficará preso . Ele foi detido pela Polícia Federal em 17 de novembro de 2025 enquanto tentava embarcar para fora do país. Texto: mostb.com

  • Trump exige divulgação total dos arquivos de Epstein e pressiona Congresso por transparência.

    Em uma declaração que reacendeu um dos temas mais sensíveis da política e do judiciário norte-americano, Donald Trump pediu publicamente que os republicanos apoiem a liberação completa dos arquivos do caso Jeffrey Epstein . A posição, divulgada em entrevista mencionada pela Reuters , marca uma mudança significativa em relação ao silêncio que muitos líderes políticos de ambos os partidos sempre mantiveram diante do escândalo. Segundo Trump, manter documentos ocultos apenas perpetua desconfiança e alimenta teorias de proteção a figuras influentes ligadas a Epstein. Ele afirmou que a população “tem direito de saber quem participou, quem financiou e quem se beneficiou da rede de crimes sexuais que chocou o mundo”. Ao defender essa abertura, Trump se posiciona de forma clara a favor de uma investigação ampla, sem exceções ou blindagens. O caso Epstein envolve nomes de grande peso político, econômico e social desde empresários bilionários até autoridades internacionais, celebridades e membros da aristocracia. É justamente essa teia de poder que, para muitos observadores, permitiu que parte da documentação permanecesse em sigilo. Ao se manifestar, Trump rompe com essa dinâmica. Para analistas, sua fala tem três efeitos principais: Pressiona o Congresso  a votar pela divulgação total dos documentos. Desafia diretamente  qualquer tentativa de manter pessoas influentes protegidas. Reforça sua imagem pública  como alguém disposto a enfrentar estruturas de poder profundas. Trump declarou ainda que “transparência é a única forma de restaurar a confiança nas instituições”, destacando que esconder os nomes envolvidos seria “uma afronta às vítimas”. A declaração de Trump rapidamente dominou o debate político americano. Para aliados, o gesto reforça sua posição como “inimigo do establishment”, alguém que não teme expor conexões perigosas entre política, finanças e crimes de exploração sexual. Para críticos, a fala reabre um tema extremamente sensível e que pode gerar instabilidade. Ainda assim, o movimento foi amplamente interpretado como uma das posturas mais firmes já adotadas por um líder americano em relação ao caso Epstein — um caso que, até hoje, permanece envolto em segredos, suspeitas e perguntas jamais respondidas. No coração de sua declaração, Trump enfatizou: “Quem não deve, não teme. E quem teme a divulgação desses arquivos, teme porque tem algo a esconder.” A expectativa agora é saber o que vem por ai, com o nome de Lula. Na ultima semana foi divulgado que Epstein recebeu uma ligação de Lula, enquanto o mesmo estava preso. O que será que eles conversaram? Texto: mostb.com Fonte: Reuters

  • Fraudes no INSS: Ex-presidente e outros 8 alvos são presos

    13/11/2025 A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a nova fase da chamada Operação Sem Desconto -- que investiga um esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS.. Segundo as autoridades, foram expedidos 10 mandados de prisão preventiva  e 63 mandados de busca e apreensão  em 14 estados e no Distrito Federal. Entre os crimes apurados estão: inserção de dados falsos em sistemas oficiais, formação de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de ocultação e dilapidação patrimonial. De acordo com a PF e a Controladoria‑Geral da União (CGU), o esquema consistia na cobrança indevida de mensalidades associativas e convênios de aposentados e pensionistas, mediante descontos em benefícios do INSS sem anuência ou contrato formal dos segurados. As entidades oferecem “serviços” como assistência jurídica, convênios de saúde etc., mas não tinham capacidade real para prestar ou justificavam os descontos.  O prejuízo estimado ultrapassa os R$ 6 bilhões. Principais nomes envolvidos Presos até o momento Alessandro Antônio Stefanutto – ex-presidente do INSS. Vinícius Ramos da Cruz – presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT). Tiago Abraão Ferreira Lopes – presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). Cícero Marcelino de Souza Santos – empresário ligado à Conafer. Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior – operador financeiro da Conafer. Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho – ex-procurador-geral do INSS. Thaísa Hoffmann Jonasson – esposa de Virgílio e médica que recebeu pagamentos milionários de empresas ligadas ao esquema. André Paulo Félix Fidelis – ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do INSS. Antônio Carlos Camilo Antunes – “Careca do INSS”, empresário apontado como operador central do esquema. Alvos de mandado de prisão ainda não localizados ou medidas cautelares Carlos Roberto Ferreira Lopes – presidente da Conafer, com mandado em aberto. Ahmed Mohamad (José Carlos) Oliveira – ex-ministro da Previdência e ex-presidente do INSS no governo anterior; teve mandado de tornozeleira eletrônica. Euclydes Pettersen Neto – deputado federal (Republicanos-MG), alvo de busca e apreensão. Edson Cunha de Araújo – deputado estadual (Maranhão), alv o de mandado de busca, preside entidade de pescadores. A defesa de Alessandro Stefanutto classificou a prisão como “completamente ilegal”, alegando que ele tem colaborado com as investigações. O deputado Euclydes Pettersen negou vínculo com o INSS ou as entidades investigadas e disse estar à disposição das autoridades. Com a operação em andamento, outros desdobramentos estão previstos — inclusive convocações para depoimentos na CPI do INSS, que aprovaram já a convocação de alguns dos envolvidos. Texto: mostb;com Fonte: Senado.

  • Quem é. Que cargos exercia Igor Dias Delecrode ?

    Uma mente brilhante no meio empresarial. Será? Igor Dias Delecrode é um empresário de apenas 28 anos que ganhou destaque recentemente por seu envolvimento no esquema de fraudes ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Delecrode foi dirigente da Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionista (AASAP). Sede registrada: Alameda Rio Negro, 161 – Conjuntos 502 e 503, Alphaville Centro Industrial e Empresarial / Alphaville, Barueri – SP, CEP 06454-000.   É apontado como vínculo com outras entidades investigadas. Também está sendo investigado por supostamente desenvolver ou integrar sistemas de tecnologia utilizados para fraudar autorização de descontos em benefícios, biometria e assinatura digital. As entidades acima são suspeitas de fazer descontos indevidos  em benefícios de aposentados e pensionistas sem a devida autorização ou com autorizações fraudulentas. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS (CPMI do INSS) visa apurar o papel de Delecrode nesse mecanismo de descontos, bem como a movimentação financeira e a estrutura societária por trás das associações. A CPMI instalada em agosto deste ano já obteve provas de que as quatro principais associações envolvidas Amar Brasil Clube de Benefícios, Masterprev, ANDAPP e AASAP movimentaram cerca de R$ 700 milhões , até até R$ 1,4 bilhão valores desviados diretamente para contas particulares e offshores . incluindo aquelas ligadas a Delecrode. Ele compareceu à oitiva da CPMI, porém fez uso de um habeas corpus para exercer o direito ao silêncio e se recusou a responder diversas perguntas. Até o momento não foi divulgado um valor público confiável  especificamente para “movimentação de conta pessoal de Igor Delecrode” que esteja homologado pela investigação ou que tenha sido confirmado. Ou seja: existem estimativas globais para as entidades, mas não  há confirmação pública de “X R$ movimentados pela conta dele”. As declarações feitas por Delecrode... Admitiu que exerceu cargos nessas associações, mas não forneceu detalhes sobre sua participação efetiva nas operações ou nas decisões de cobrança. No depoimento à CPMI, ele fez uso do direito ao silêncio baseado no habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o que limitou o esclarecimento sobre sua atuação. A investigação avança para esclarecer quem autorizou , como foram os contratos firmados , como entraram sistemas de biometria e assinatura digital em massa , e como se deu a estrutura societária por trás das associações . A CPMI poderá solicitar quebras de sigilo bancário, investigação da conduta de agentes públicos que facilitaram atos, e eventual responsabilização civil e criminal dos envolvidos. Para Delecrode, apesar de ainda não haver sentença, a exposição à investigação e ao erro de reputação é significativa para o público, a comissão funciona como mecanismo de transparência e prestação de contas. Como vários outros investigados, Delacrode permaneceu em silêncio. Ele compareceu à oitiva da CPMI do INSS, mas teve habeas corpus do STF  que lhe garantiu o direito de permanecer em silêncio e de fato não respondeu a perguntas centrais. Empresas / CNPJs ligados a Igor Dias Delecrode (achados públicos) Estas entradas aparecem em bases públicas/consultas comerciais e em documentos citados pela CPMI: AASAP — Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionista CNPJ: 43.508.418/0001-17 . (sede registrada em Alphaville/Barueri). IGOR DIAS DELECRODE — (Pessoa jurídica / nome empresarial / IDD) CNPJ: 34.755.608/0001-48  — razão social / nome fantasia: IDD Transporte, Crédito e Tecnologia  (situação cadastral: baixada segundo alguns registros). Solucoes Power Bi Software Tecnologia e Internet Ltda — (Power-Bi Tec) CNPJ: 40.088.372/0001-36  — Igor aparece como sócio-administrador. Sede em Alphaville/Barueri (atividade: desenvolvimento de software). Outras empresas citadas na imprensa / relatórios ligados ao “núcleo”  (aparecem em relatórios, dossiês e PDFs analíticos): Há menção a empresas com nomes como Engaja Solucoes Em Tecnologia Ltda , Rhino Tech Desenvolvimento E Tecnologia Ltda , Sank Solucoes Desenvolvimento E Tecnologia Ltda , Icd Tech Ltda , Clint Hub Ltda , entre outras várias aparecem em apêndices de relatórios e em PDFs com mapeamento de empresas do ‘núcleo’. Essas referências aparecem em relatórios e PDFs que a CPMI e a CGU/ imprensa têm usado. AMAR BRASIL CLUBE DE BENEFÍCIOS (ABCB / Amar Brasil) CNPJ: 39.911.488/0001-44  — citada nas investigações e requerimentos da CPMI. Texto: mostb.com Fonte: Senado Federal

  • Estrada Verde Que Mata Verde - 58 Hectares Assassinadas.

    Dizem que abriram caminho para o futuro. Mas o futuro tropeçou nas raízes cortadas. Treze quilômetros de floresta calaram de repente o som das motosserras virou hino do progresso, e ninguém quis escutar a dor das árvores porque estavam ocupados tirando selfies com o planeta. Enquanto isso, índios pedem por energia elétrica, o governo diz NÂO pois diz que a afetaria o meio ambiente. A hipocrisia agora se escora, tudo em nome da COP30, o evento do clima. Ironia ou tragédia? A rodovia nasceu para facilitar o acesso ao encontro que fala em proteger aquilo que ela mesma destruiu. É o tipo de lógica que só o homem entende ou finge entender. “É só um pedacinho de mata”, dizem. Mas a floresta não tem pedacinhos, ela é um corpo inteiro. Quando cortam um trecho, o sangue verde se espalha em silêncio. Foram derrubados 58 hectares de floresta. E as árvores, ficaram empilhadas, esperando talvez um discurso bonito sobre sustentabilidade. Vão dizer que plantarão três por cada uma que tombou mas ninguém avisou às novas mudas que elas não terão sombra de mãe, nem o canto dos pássaros que fugiram. E aqui ainda cabe a pergunta: - Para onde vão essas árvores cortadas? Que destino receberá? Fizeram uma estrada para o progresso passar, mas esqueceram que o progresso sem raiz é só poeira. A Amazônia perdeu mais uma artéria, e o governo ganhou uma rota para a própria contradição. Estrada Verde Que Mata Verde Dizem que abriram caminho para o futuro. Mas o futuro tropeçou nas raízes cortadas. Três quilômetros de floresta calaram de repente — o som das motosserras virou hino do progresso, e ninguém quis escutar a dor das árvores porque estavam ocupados tirando selfies com o planeta. Tudo em nome da COP30, o evento do clima. Ironia ou tragédia? A rodovia nasceu para facilitar o acesso ao encontro que fala em proteger aquilo que ela mesma destruiu. É o tipo de lógica que só o homem entende — ou finge entender. “É só um pedacinho de mata”, dizem. Mas a floresta não tem pedacinhos, ela é um corpo inteiro. Quando cortam um trecho, o sangue verde se espalha em silêncio. E as árvores, coitadas, ficaram empilhadas, esperando talvez um discurso bonito sobre sustentabilidade. Vão dizer que plantarão três por cada uma que tombou mas ninguém avisou às novas mudas que elas não terão sombra de mãe, nem o canto dos pássaros que fugiram. Fizeram uma estrada para o progresso passar, mas esqueceram que o progresso sem raiz é só poeira. A Amazônia perdeu mais uma artéria, e o governo ganhou uma rota para a própria contradição. Texto: mostb.com Imagem: Internet.

  • Movimentações bilionárias sob suspeita: o relatório do COAF sobre Nelson e Anne Willians.

    Conta recebe depósitos de caixas eletrônicos, considerados áreas de risco... Um relatório interno do COAF aponta que o escritório de advocacia do advogado Nelson Wilians movimentou cerca de R$ 4,3 bilhões  entre 2019 e 2024 em operações consideradas “suspeitas”, segundo os dados que foram enviados à Polícia Federal (PF) no âmbito da investigação da Lei 13.260/16 (antirrublagem) e em operações de lavagem de dinheiro. Essa movimentação maciça está sendo investigada especialmente pela operação denominada Operação Sem Desconto, que apura irregularidades em descontos indevidos feitos sobre benefícios da Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com os dados públicos: Entre outubro de 2019 e junho de 2020, foram movimentados aproximadamente R$ 581,7 milhões. No período entre setembro de 2021 e abril de 2022, o valor atingiu cerca de R$ 1 bilhão em créditos (R$ 529,8 milhões) e débitos (~R$ 522,8 milhões). Entre outubro de 2023 e julho de 2024, considerado o auge das operações investigadas contra o INSS foram movimentados cerca de R$ 883 milhões pelo escritório. O COAF destaca que parte dos pagamentos foi feita ao empresário Maurício Camisotti, apontado pela investigação como possível beneficiário final do esquema de associações que realizavam descontos indevidos em aposentadorias. Segundo nota do escritório de Nelson Wilians, as operações financeiras são “plenamente compatíveis com a estrutura e a atuação do escritório” e que “não guardam qualquer relação com investigações sobre fraudes ou eventuais práticas criminosas”. As suspeitas sobre Anne Wilians e os mecanismos de alerta. Embora o foco principal da cobertura recente seja o advogado Nelson Wilians, circulam relatórios que citam também a esposa, Anne Wilians, em movimentações que despertaram atenção do COAF. Conforme reportagem da Revista Veja, um banco relatou ao COAF que parte da renda do casal via empresas que seriam de controle de Nelson e de Anne vinham de depósitos em caixas eletrônicos de áreas consideradas “de risco”, como favelas do Rio de Janeiro, zonas de fronteira e regiões com alta incidência de transações informais. No mesmo documento, consta que Anne constava como “do lar”, com renda declarada de aproximadamente R$ 1 000 mensais, durante o período em que se movimentaram valores de milhões de reais em transferências e saques fracionados. Esses indícios caracterizam o que o COAF classifica como operacionalidade atípica : transações em espécie, fracionamento de saques, uso de caixas eletrônicos em áreas de alto risco e movimentações muito acima do perfil declarado do titular da conta. Embora isso não configure, por si só, crime, constitui base para investigação aprofundada pelas autoridades competentes. A investigação que ganhou força em 2025 sobretudo com a deflagração da Operação Sem Desconto, mira esquemas que teriam lesado aposentados e pensionistas do INSS por meio de associações que contratavam correspondentes, realizavam filiações indevidas e aplicavam descontos sem o consentimento ou sem transparência adequada. O empresário Camisotti é apontado como um dos articuladores do esquema. Em 25 de setembro de 2025, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS (CPMI) aprovou o pedido de prisão preventiva e quebras de sigilo bancário e fiscal de Nelson Wilians, descrevendo “riscos de obstrução da investigação e continuidade delitiva”. Durante seu depoimento à CPMI em 18 de setembro de 2025, Wilians optou por permanecer em silêncio, amparado por habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Se confirmado que há conexão direta entre as movimentações apontadas pelo COAF e o esquema investigado, estaríamos diante de um dos maiores escândalos financeiros dos últimos anos no âmbito da seguridade social no Brasil com implicações de segurança, justiça e proteção social para milhões de aposentados. Por outro lado, é necessário destacar que, até o momento, Nelson Wilians não  foi formalmente acusado ou denunciado criminalmente por conta específica dessas movimentações (ao menos conforme as matérias públicas até aqui). O fato de o COAF ter enviado “Relatórios de Inteligência Financeira” (RIFs) à PF significa que há base estatística e operacional para investigação, mas não significa , automaticamente, culpabilidade ou condenação. Documentos sobre o caso... Relatório de Inteligência Financeira (RIF) de Anne Carolline Wilians . No portal da CPMI — seção “Documentos Recebidos” — consta a entrada de um relatório do COAF com a ementa: “Encaminha Relatório de Inteligência Financeira (RIF) de Anne Carolline Wilians Vieira Rodrigue. Documento sigiloso em virtude de conter dados de sigilo bancário — Lei Complementar 105/2001.”   Legis Senado O documento é classificado como sigiloso, o que impede o acesso público irrestrito, mas confirma que a CPMI requisitou oficialmente o RIF em nome de Anne. Requerimento de quebra de sigilo de Nelson Wilians - Há um requerimento formal da CPMI em formato PDF solicitando quebra e transferência digital dos sigilos bancário e fiscal  de Nelson Wilians Fratoni Rodrigues  no período entre janeiro de 2019 e julho de 2025. O requerimento detalha que sejam incluídas contas, investimentos, cartões de crédito, declarações de imposto de renda, entre outros bens e valores. Esse documento confirma que há empenho institucional para acesso a documentos financeiros completos de Wilians, o que reforça a seriedade das investigações. Requerimentos da CPMI envolvendo o pedido de prisão preventiva e quebra de sigilo No rol de requerimentos da CPMI, há aprovação de pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de Wilians , com tramitação de requerimentos correlatos. Há também cobertura jornalística de que a CPMI aprovou o pedido de prisão preventiva  do advogado, junto com a autorização para quebras de sigilo e pedidos de RIFs ao COAF. A aprovação desses pedidos está sendo encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que autorizações de prisão e quebras de sigilo requerem respaldo judicial. Convocações de familiares, sócios e pessoas próximas A CPMI também já confirmou convocações de familiares e sócios  dos investigados, o que reforça que o escopo da investigação não se limita ao advogado, mas abrange toda a rede de relações que possam estar conectadas às movimentações financeiras questionadas. Análise dos avanços. O que esses documentos confirmam Menção oficial a Anne Wilians:  o fato de haver um RIF de Anne protocolado mostra que a investigação já considera movimentações dela como parte do conjunto de apurações. Ainda que o documento seja sigiloso, a sua existência pública reforça a hipótese de participação ou envolvimento financeiro indireto. Quebra de sigilo ampla sobre Nelson:  o requerimento que pede acesso a todos os dados bancários, fiscais, investimentos, cartões e outros bens revela que a CPMI pretende montar um panorama completo de riqueza, fluxo de recursos e destino de valores. Obrigatoriedade de decisões judiciais:  apesar dos requerimentos, muitos documentos estão sob sigilo ou dependem de aval judicial (esp. para prisões e quebras de sigilo), o que impede a divulgação imediata de todos os detalhes. Estrutura de investigação ampla:  o fato de convocar familiares e sócios sugere que a com issão está buscando não apenas as operações centrais, mas todos os elos da cadeia financeira investigada. Estamos acompanhando. Ser investigado não é ser culpado mas se há provas, então há crimes a serem enfrentados. O caso levanta questionamentos profundos sobre a imagem e a realidade por trás de certos nomes da alta sociedade. O que pensar de uma família que se apresenta como exemplo de moral, religiosidade e perfeição, com filhos “modelo” e uma agenda pública voltada à assistência social, mas que agora se vê sob o olhar atento das instituições que combatem a corrupção e o uso indevido de recursos? Entre aparências e fatos, o tempo e as provas dirão se a imagem construída com tanto zelo resiste à verdade dos bastidores. Texto: mostb.com Fonte: Senado Federal     Política Alagoana       Bnews Metrópole s

  • Lula e Janja Esbanjam Luxo - COP30. Gastos ultrapassam a 250 Milhões

    É profundamente preocupante observar que, em meio à crise econômica que afeta tantos brasileiros, o governo do Luiz Inácio Lula da Silva optou por contratar hospedagens de elevado custo para o evento COP30 como a utilização de navios-cruzeiro como “hotéis flutuantes” para delegações, com gastos que podem alcançar cerca de R$ 263 milhões. De fato, os números são alarmantes. Algumas das embarcações contratadas oferecem cerca de 3,9 mil cabines, para mais de 6 mil leitos, e o Estado assume a garantia de pagamento mesmo que a ocupação fique abaixo do esperado, ou seja: recursos públicos estarão em risco para cobrir inatividade. Ainda que haja justificativas como a escassez de leitos em Belém e o caráter internacional da conferência, o fato é que esse tipo de gasto entra em choque com as necessidades urgentes do país: saúde, educação, infraestrutura básica, programas sociais. Enquanto famílias brasileiras lutam para fechar as contas e o Brasil gasta “acima de bilhões” em compromissos públicos, ver dinheiro tão expressivo destinado a hospedagens de luxo ou semi-luxo soa (com perdão da expressão) como um descompasso ético. Adicionalmente, há declarações do presidente de que não desejava luxo “vou dormir num barco”, disse ele mesmo, o que gera expectativa de economia ou simbolismo. Mas, ao mesmo tempo, o fato de o governo contratar navios caros para delegações internacionais reforça a sensação de que a austeridade prometida não está se traduzindo em prática.  Fizemos uma pesquisa, o que sabemos, que somente o barco/hotel que recebe Lula, Janja, convidados e assessores tem uma diária de estimada de 450.000,00 reais. Se isso não for luxo, não sabemos o que pode ser luxo para um homem que hoje está presidente, mas que saiu do chão de fábrica. É legítimo cobrar transparência: qual será o custo final dessa operação? Qual será o retorno para a população? Poderia esse montante já estar sido investido em creches, hospitais, recuperação de vias ou políticas de combate à pobreza? Quando se anuncia que o Brasil “está gastando acima de bilhões” em diferentes áreas, cada centavo precisa estar justificado, com clareza para o cidadão. Aqui, ver recursos públicos em formato que parece de mordomia ou de dispêndio elevado para um evento, gera desconforto e, honestamente, indignação em muitos. Esperamos que, além das justificativas técnicas, haja um compromisso real com a economia de recursos, com foco no essencial, com respeito aos contribuintes. E sobretudo que, após a COP, haja um relatório claro e acessível do que foi gasto, o que foi entregue, e qual legado restou para a sociedade brasileira. Gastos confirmados até agora, 3 de novembro de 2025, COP30. • O governo federal, por meio da Embratur e da Casa Civil da Presidência da República, assinou um Contrato de Garantia de Solução de Hospitalidade para a COP30, que inclui a contratação de navios de cruzeiro para servir de hospedagem temporária. • A contratação prevê aproximadamente 3.900 cabines com capacidade para até 6.000 leitos, distribuídos em dois navios de cruzeiro, que ficarão atracados em Belém. • O valor da garantia pública (isto é: o montante que o governo assegura caso não haja ocupação) está em torno de R$ 259 milhões. • Uma notícia aponta que três embarcações foram alugadas: MSC Seaview, MSC Cruzeiros (outro navio genérico da MSC) e Costa Diadema, somando 3.900 cabines e mais de 6.000 leitos. • Ainda oficialmente, o site da COP30 informa que foram dois navios contratados (MSC Seaview e Costa Diadema) para essa solução de “hospitality marine” temporária. Texto: mostb.com Fonte: Imagens internet.

  • Um Acontecimento Que Entrou Para História.

    Em meio ao esplendor da Capela Sistina, sob o teto monumental de Michelangelo, desenrolou-se na manhã de 23 de outubro de 2025 uma liturgia singular, carregada de simbolismo, emoção e esperança: o Papa Leo XIV presidirá, pela primeira vez em sua trajetória petrina, uma missa conduzida junto a King Charles III um gesto de reconciliação que ecoa cinco séculos de história. As vestes litúrgicas do Papa — branco imaculado, símbolo da universalidade da Igreja pareciam refletir a luz que entrava pelas janelas altas da capela. O rei, sentado num trono à esquerda do altar, observava com reverência. Não era apenas uma celebração religosa: era o restauro de um laço rompido desde a Reforma Anglicana, iniciado por Henry VIII em 1534. No silêncio contemplativo que se seguiu aos cantos gregorianos e aos hinos em inglês, o Papa elevou suas mãos aos céus. Suas palavras, embora proferidas em tom sereno, reverberavam como trovões de misericórdia: “Nós viemos aqui não para dividir, mas para unir. Para erguer as mãos em prece por este mundo ferido, por estas criaturas amadas de Deus.” O rei, por sua vez, inclinou a cabeça, visivelmente comovido, ao som da oração em latim e em inglês que ecoava pelas paredes sagradas. Este evento histórico a primeira vez em mais de 500 anos que um Papa e um monarca britânico oram juntos em público não se resume a uma solenidade diplomática. É um gesto de esperança, uma ponte erguida sobre as águas agitadas da história, da reforma, da separação e da dor. Entre os presentes, estavam clérigos anglicanos e católicos juntos, em louvor e prece como se para dizer à humanidade: “Podemos estar separados por ritos ou tradições, mas somos um em Cristo.” O Papa, olhando para o rei, disse no final da missa: “Que este­ ato seja semente de paz, que floresça na justiça, na caridade, na fraternidade.” E assim, naquela manhã, a Capela Sistina tornou-se palco não de separações, mas de reencontros. Por trás das vestes pontificais e dos símbolos reais, houve o humano: o gesto de um sorriso contido, a lágrima silenciosa de quem reconhece uma ferida longa, a respiração ofegante de quem sente que algo novo está nascendo. O Papa tocou um pequeno objeto entregue pelo rei um presente simbólico e murmurou: “Na fragilidade deste mundo, sejamos fiéis à nossa missão de misericórdia.” E o rei, ao se levantar para a bênção final, demonstrou humildade: “Com gratidão pelo dom da fé, pela esperança renovada, peço ao Senhor que nos torne instrumentos da Sua paz.” Ao deixar a capela, os protagonistas desse momento histórico sabiam que não havia revertido milagrosamente todos os desacordos, as feridas, os séculos de separados. Mas sabiam também que um caminho começava a se abrir e que o primeiro passo, muitas vezes, é o mais corajoso. O Papa Leo XIV e o King Charles III saudaram juntos, lado a lado, aquele momento não como o fim, mas como o início de algo maior. “Ut unum sint” – "Que todos sejam um". Essas palavras, gravadas em latim num dos bancos reservados para a família real britânica, permanecerão como testemunho vivo de um dia em que a fé uniu o que há muito estava separado. Texto: mostb.com

  • Mais Um Escandalo No STF

    Esquema sob investigação A Polícia Federal investiga um complexo esquema de venda de decisões judiciais  que alcançaria gabinetes de ministros do STJ. Trata-se de suspeitas de negociação de votos, minutas de decisões e influência irregular em processos , com participação de lobistas, advogados, servidores do tribunal e desembargadores. Segundo os investigadores, o esquema está entre os mais sofisticados já apurados no Poder Judiciário brasileiro   não mais atos isolados, mas uma rede estruturada de atuação para garantir resultados judiciais favoráveis mediante pagamentos e facilitação de acesso a decisões ainda em andamento. Um dos nomes centrais é o do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves , referido como “lobista dos tribunais”. A PF apurou que ele mantinha acesso privilegiado a minutas e decisões em tramitação no STJ, e negociava com advogados e clientes a obtenção de resultados judiciais desejados. Além dele, advogados que formalmente representariam os “clientes”, servidores do STJ que ocupavam cargos estratégicos em gabinetes de ministros, e desembargadores estaduais também aparecem entre os investigados. Por exemplo, três servidores do STJ já foram alvo de busca e apreensão. A investigação aponta para diferentes formas de atuação no esquema: Vazamento ou alteração de minutas de decisões antes de serem publicadas, favorecendo determinados interessados. Exemplos mostram que o servidor Márcio José Toledo Pinto teria alterado ou excluído minutas em benefício do lobista Andreson. Lavagem de dinheiro e uso de “contas de passagem”, saques em espécie fracionados, transferência para pessoas físicas ou jurídicas “laranjas”. Pagamentos substanciais atribuídos à compra de decisões ou ao acesso privilegiado a processos: em um diálogo, Andreson teria afirmado que obteve aproximadamente R$ 19 milhões  em processo ligado ao grupo JBS S.A. / J&F Investimentos. Por exemplo, em relatório parcial da PF, constam transferências de cerca de R$ 2,625 milhões  entre 2019 e 2023  a um motorista vinculado ao lobista, via empresa controlada por ele, o que levantou suspeitas de estrutura de ocultação de propinas. O caso obteve grande repercussão porque ultrapassa tribunais estaduais e alcança o STJ: ao menos quatro gabinetes de ministros da corte foram mencionados nos relatórios da PF embora até o momento nenhum magistrado tenha sido formalmente investigado como réu. O assunto tramita em segredo no Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que há menção a servidores do STJ e, potencialmente, irregularidades que envolvem instâncias de foro especial. A PF já deflagrou operações específicas como a Operação Sisamnes para cumprimento de mandados de busca e apreensão, sequestro de bens (ordens de bloqueio de dezenas de milhões de reais), afastamento cautelar de servidores e monitoramento de pessoas envolvidas. Inserção do caso de Catarina Buzzi A investigação da PF também menciona Catarina Buzzi , advogada e filha do ministro Marco Aurélio Gastaldi Buzzi (STJ). O relatório parcial anexado ao inquérito sigiloso aponta para indícios de repasse de cerca de R$ 1,12 milhão  a ela. Segundo as mensagens encontradas no celular do lobista Andreson, há um diálogo em que uma pessoa identificada como Carlos Chaves  informa ter transferido R$ 1.120.000,00  para “a sua conta e da Catarina Buzzi”, cobrando restituição sob a alegação de que “a promessa de trabalho não foi cumprida”. Nessa mesma imagem, consta um comprovante de transferência de R$ 500 mil , classificado como “pagamento de honorários”. O relatório ressalta que o conteúdo que envolve Catarina pode ser remetido a procedimentos autônomos, dada a complexidade e ramificação das investigações, com análise especial em unidades jurídicas distintas para garantir eficácia e evitar contaminações. Em relação às conexões empresariais, a PF aponta vínculos entre Catarina, o advogado Roberto Zampieri (morto em 2023) e o empresário Haroldo Augusto Filho (sócio da Fource), empresa já investigada por suspeita de compra de decisões no STJ e em tribunais estaduais. Em mensagens de outubro de 2022, Catarina escreveu a Zampieri: “Dr. Roberto! Tomei a liberdade de pedir seu número ao Haroldo. Agora está na agenda. Foi um prazer reencontrá-lo.” Zampieri respondeu com cordialidade. Haroldo, por sua vez, teria afirmado em diálogo anterior ser “amigo da mãe e da filha” do ministro Buzzi. A defesa de Catarina Buzzi reagiu negando qualquer irregularidade, afirmando que ela nunca atuou em processos da Fource, de Andreson ou de Carlos Chaves , e que não recebeu nenhum pagamento dos envolvidos . A nota também declara que ela não conhece  essas pessoas. A defesa acrescenta que ela não é formalmente alvo de investigação no STF ou em outra instância  até onde se tem conhecimento. O ministro Marco Buzzi, por meio de nota da assessoria do STJ, afirmou que não acompanha as relações comerciais de sua filha ou de qualquer advogado , e ressaltou que as pessoas citadas “não fazem parte de nenhum processo sob sua responsabilidade”. O lobista Andreson permanece preso, e o STF manteve sua prisão preventiva, considerando a gravidade das acusações e o risco de interferência nas investigações. O STJ já demitiu o servidor Márcio Toledo, após processo administrativo que concluiu que ele “revelou segredos a que tinha acesso e valeu-se do cargo para proveito pessoal”. O STJ afirmou que nenhum ministro está sendo investigado formalmente até o momento, e que os afastamentos se deram em relação a servidores. A PF pediu prorrogação do inquérito, afirmando que o esquema é “consideravelmente mais sofisticado e complexo do que os investigadores inicialmente avaliaram”. Do ponto de vista institucional, o episódio reacende preocupações sobre a integridade do Poder Judiciário brasileiro, especialmente nas instâncias superiores. A possibilidade de venda de decisões judiciais em tribunais de alta relevância gera desgaste à confiança pública. Linha do tempo da investigação Outubro/2024: Servidor do STJ afastado após investigação de venda de sentenças. Novembro/2024: A PF deflagra mais uma fase da Operação Sisamnes, visando gabinetes do STJ. Maio/2025: Nova fase da operação, com mandados em três estados, sequestro de bens da ordem de R$ 20 milhões. Maio/2025: Prisão de cinco suspeitos ligados ao assassinato do advogado/operador que atuava no esquema, revelando conexão com atividades criminais mais amplas. Outubro/2025: A PF abre investigação autônoma sobre a relação entre o lobista e a JBS, com menção a R$ 19 milhões em mensagens. Ainda que a investigação tenha revelado elementos robustos minutas vazadas, servidores demitidos, valores milionários é importante ressaltar que não há até o momento condenações definitivas  relacionadas a esse esquema no STJ. O caso segue tramitando sob sigilo no STF. Além disso, a menção de ministros ou gabinetes não implica automaticamente culpa — o processo investigativo ainda precisa confirmar autoria, materialidade, vínculo de corrupção, lavagem de dinheiro, etc. Para a sociedade, porém, permanece o desafio de garantir que a Justiça funcione com transparência e integridade. Texto: mostb.com Fon te: Jornal Grande Bahia (JGB)+2Revista Oeste+2 ODia

  • 28 Milhões Em Um Apto.

    Em sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS (CPMI – INSS), realizada em 23 de outubro de 2025, a depoente Thaisa Hoffmann Jonasson, esposa do ex-procurador-geral do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Virgílio Filho, optou por permanecer em silêncio diante dos questionamentos acerca da aquisição de um imóvel de alto padrão.  O que foi questionado? Durante o depoimento, o relator da comissão, Alfredo Gaspar, fez perguntas diretas sobre a origem dos recursos que permitiram a reserva de um apartamento avaliado em R$ 28 milhões no empreendimento Senna Tower, em Balneário Camboriú (SC). “ …a senhora poderia me dizer como é que servidores do INSS, no caso o seu esposo e a senhora, arrumaram R$ 28 milhões para comprar esse apartamento? ” “Se eu dissesse à senhora que estou desconfiado que esses R$ 28 milhões vieram dos sofridos aposentados e pensionistas… eu estou errado?” Em face dos questionamentos, Thaisa usou a prerrogativa de permanecer em silêncio, conforme orientação da sua defesa técnica. O silêncio, neste contexto, assume diferentes leituras: • Como direito legal de não se auto-incriminar ou de aguardar investigação mais aprofundada. • Como reforço simbólico das suspeitas, na medida em que deixa lacunas em um cenário já marcado por indícios de enriquecimento patrimonial. • Como desafio para a transparência exigida em casos que envolvem o erário, benefícios sociais e confiança pública. Por que o valor de R$ 28 milhões chama atenção? Alguns fatos de contexto ajudam a entender o impacto desse valor: • O imóvel supostamente reservado seria a unidade “7001” do Senna Tower, empreendimento de altíssimo luxo. • A construção do edifício, segundo incorporadores, engloba unidades que partem de cerca de R$ 28 milhões até valores muito mais elevados, o que o coloca entre os mais caros do país.  • Relatórios da Controladoria‑Geral da União (CGU) apontaram que Virgílio Filho apresentou acréscimo patrimonial da ordem de R$ 18 milhões no período em que ocupou cargo relevante no INSS.  Este caso ilustra aspectos que afetam mais do que apenas o andamento da comissão: • A credibilidade das instituições públicas: quando servidores ou seus familiares concentram patrimônios elevados em curto espaço de tempo, há necessidade de explicações. • O direito dos aposentados e pensionistas: as suspeitas remetem à hipótese de que recursos públicos ou facilidades que deveriam beneficiar segurados possam estar sendo redirecionados. • A importância da transparência: o silêncio, embora legítimo, também abre espaço para a dúvida, o que reforça a demanda por investigação rigorosa. O depoimento marcado pelo silêncio de Thaisa Hoffmann Jonasson representa um momento significativo na CPMI do INSS. Se por um lado há o exercício de um direito constitucional, por outro, esse silêncio ecoa como uma lacuna na prestação de contas perante o público sobre origem, magnitude e legalidade dos valores envolvidos. À medida que a comissão avança, será essencial que esses elos — entre cargos públicos, patrimônio privado e recursos previdenciários — sejam esclarecidos integralmente. Texto: mostb.com Fonte: TV Senado.

  • O jogo do poder: a velha engrenagem que insiste em girar

    O jogo pelo poder é tão antigo quanto a própria humanidade. E, no Brasil, ele parece ter se sofisticado a ponto de transformar a corrupção em parte de uma rotina nacional. Quanto mais se desvendam as teias que sustentam os escândalos atuais, mais evidente se torna que a falta de ética, moral e valores está enraizada, infelizmente, no DNA de parte da nossa sociedade. Se o general João Figueiredo, último presidente militar, pudesse “dar uma espiadinha” no que acontece hoje, estremeceria da cabeça aos pés, a vergonha de uma forças armadas corrupta e sem valor moral. Mas comecemos pela Constituição. É revoltante observar que aqueles que deveriam ser os guardiões das leis ministros da mais alta corte do país parecem distorcer o texto constitucional e, ainda assim, declarar publicamente: “Fizemos o que precisava ser feito”, como disse o ministro Barroso. Mas, afinal, prender inocentes é o que precisava ser feito? Dizer “perdeu, mané” a um cidadão? Proclamar a derrota do “bolsonarismo” e, logo em seguida, defender que juízes e militares não devem ter viés político? É impossível não perceber a contradição. O brasileiro pode ser paciente, mas não é ingênuo a ponto de confundir o certo e o errado. O que vivemos é, claramente, uma inversão de valores. E agora, a CPI do INSS promete revelar um dos maiores escândalos de corrupção da história do país. Um homem apelidado de “Senhor Ostentação”, tratado como “Papi” por um laranja, exibe uma vida de luxo nas redes sociais: carros de alto padrão, viagens, mansões. Casado, pai de família, costuma dizer que veio de origem humilde e que seus pais lhe ensinaram valores rígidos. Onde esses valores ficaram? Perderam-se entre o brilho do ouro e o vazio da vaidade? Nas postagens nas redes socias, a família aparece frequentando a igreja aos domingos, reuniões de família e muita ostentação em viagens de luxo e até eventos supostamente de caridade , resta a dúvida diante essas imagens: será fé ou teatro? Uma tentativa de justificar moralmente o inexplicável? O terreno ao lado: o silêncio que fala mais alto que as paredes de luxo A família de NW é moradora na zona nobre de São Paulo, onde ergueu-se uma das propriedades mais comentadas dos últimos meses, a mansão do advogado e empresário Nelson Wilians , figura influente no meio jurídico e dono de um dos maiores escritórios de advocacia da América Latina, agora dado como " escritório de fake" . À primeira vista, tudo parece impecável: fachada moderna, jardins milimetricamente aparados, segurança reforçada e carros de luxo estacionados sob uma arquitetura que transpira poder. Mas o que não aparece nos stories, nem nas manchetes oficiais , é justamente o que mais intriga investigadores e observadores atentos: o terreno ao lado . O lote, que supostamente teria sido adquirido pelo próprio Nelson Wilians, nunca foi transferido oficialmente para o seu nome . Nenhum registro formal, nenhuma escritura em cartório. Apenas um “vazio documental” cercado de segredos. E é justamente esse vazio que grita. O que se esconde sob aquele jardim impecável? Por que um imóvel contíguo à sua residência, avaliado em milhões de reais, segue sem registro formal? O que justificaria tamanho descuido para um homem que domina o universo jurídico como poucos? Haveria ali um bunker onde segredos e milhões são guardados? Eu diria que nos tempos atuais todo hipótese deveria ser investigada. Fontes próximas ao caso, sob anonimato, levantam hipóteses: o terreno poderia ter sido usado para blindagem patrimonial , ocultação de bens  ou guarda de ativos de alto valor . Mas será que alguém já pensou que sob o gramado, digno de revista de arquitetura, pode haver mais do que raízes, talvez provas, cofres, obras de arte, ou segredos políticos ? A verdade é que, enquanto o país assiste estarrecido aos desdobramentos da CPI do INSS e às investigações sobre supostos esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro, a residência de Nelson Wilians tornou-se símbolo de um Brasil dividido entre ostentação e silêncio . O silêncio, aliás, fala mais alto do que qualquer pronunciamento oficial. Em um país onde documentos somem, investigações se arrastam e o poder se esconde atrás de janelas espelhadas, cada metro quadrado sem registro é uma metáfora da impunidade . Se há algo enterrado naquele terreno, não é apenas concreto é a confiança do povo em suas instituições. O Brasil precisa aprender que luxo sem transparência é apenas disfarce, e que os maiores segredos não se escondem em cofres, mas em escrituras que nunca existiram . O rombo no INSS é um retrato cruel da corrupção, da ganância e do desprezo pelos mais necessitados — justamente os que mais dependem desse sistema. Parte dos bens do senhor “NW” foi apreendida, mas a investigação ainda tenta entender por que um terreno ao lado de sua casa não teve transferência legal. Estaria algo valioso escondido sob aquele jardim? Pessoas do governo Lula e as articulações com o casal Wllians que passaram desapercebido... Pouco aparece mas ele é um dos braços direito de Lula Marcos Antonio Amaro dos Santos , ex-general do Exército e que foi recebido na residência de NW em 2019. Sem contar o currículo corrido ao lado do PT desde o mandato de Lula, passando por Dilma e retornando ao lado de Lula no momento. Mas vamos mais a fundo nesse imenso jogo de xadrez que poucos jogam mas centenas e milhares pagam a conta. A Ausência da ética que avassala o INSS e a credibilidade da nação O jogo do poder não é invenção moderna. Ele molda sociedades desde que o homem se organizou em tribos, reinos e Estados. Mas no caso brasileiro contemporâneo, essa disputa ganhou aspectos sombrios e corrosivos — e o “jogo” se instalou nas engrenagens do próprio Estado, transformando a máquina pública num palco de vinganças, impunidade e degradação institucional. O escândalo que afeta o INSS — o popularmente chamado “Farra do INSS” — é talvez o retrato mais sombrio dessa crise moral. Para quem ainda duvida da gravidade, aqui vão alguns números e fatos recentes: O esquema investigado envolveu descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas , supostamente feitos por entidades associativas sem autorização, com uso de “laranjas” e assinaturas forjadas. Estima-se um prejuízo de R$ 6,3 bilhões  entre 2019 e 2025. A Operação Sem Desconto , deflagrada em 23 de abril de 2025, cumpriu 211 mandados em 13 estados e no Distrito Federal, além de prisões temporárias, bloqueios de bens e apreensões de veículos, joias e documentos. Em junho de 2025, a Justiça decretou bloqueios de R$ 2,8 bilhões  de bens e ativos financeiros de pessoas, empresas e associações suspeitas de participação no esquema. Foram condenadas fraudes envolvendo benefícios pagos a “mortos e fantasmas”: em um caso no Nordeste, o INSS fez pagamentos de R$ 2,3 milhões  para beneficiários inexistentes. O Tribunal de Contas da União (TCU) declarou as contas dos envolvidos como irregulares e determinou devolução dos valores. O “Careca do INSS”, figura central na investigação, teve seu sigilo bancário, fiscal e telefônico quebrado pela CPMI em 11 de setembro de 2025, e foi alvo de prisões com apreensões de veículos de luxo (Ferrari, McLaren, etc.). Ressarcimentos começaram: aposentados e pensionistas lesados por descontos indevidos poderão começar a receber valores a partir de 24 de outubro de 2025, mediante adesão ao acordo. Segundo o ministro da Previdência, Wolney Queiroz , mais de R$ 1 bilhão  já foram devolvidos às vítimas, e há mais de R$ 2 bilhões  ainda a serem ressarcidos. O presidente Lula, por sua vez, teria orientado que o governo “fosse até as últimas consequências” nas investigações da fraude no INSS. Também chama atenção que o ministro-chefe da AGU, Jorge Messias, afirmou que os descontos ilegais se iniciaram entre 2019 e 2022 , e que este governo (do qual ele faz parte) “estancou” o esquema. São dados impressionantes — e aterradores — que reverberam alto no tecido institucional do país. O cerne da contradição: discursos, omissões e apostas É curioso observar como o poder estabelece seus jogos paralelos não apenas no roubo de recursos, mas no controle da narrativa e do tempo. Alguns aspectos merecem especial atenção crítica: A dualidade das falas. De m lado, ministros e autoridades dizem agir como “salvadores da moral pública”; do outro, não se envergonham de declarações que soam como insolência contra a inteligência popular: “Prendemos quem tinha de ser preso”, “fizemos o que devia ser feito”. É o “bispo que perdoa pecadores” que pede aplausos ao julgar alheios, enquanto os seus maus atos ficam em branco. A atribuição seletiva de culpa. No discurso oficial, o INSS e o governo “herdaram” um problema antigo. Mas há omissões graves: por que, sabendo de indícios, não foram tomadas medidas preventivas antes? Por que as entidades que foram alvo de alertas continuaram a operar? Por que tantos funcionários tiveram acesso irrestrito a sistemas sensíveis, possibilitando manipulações em série? Essas falhas não são meros detalhes — são buracos de controle que permitiram o “golpe dos aposentados”. As operações midiáticas de “reparação”. Anunciar crédito extraordinário para ressarcimento, divulgar devoluções em bilhões, depois emergir como “corretor de erros”: tudo isso compõe uma tática de imagem, uma espécie de maquiagem institucional. O que não se pode maquiar é o sofrimento individual — cada cidadão que perdeu centavos ou teve sua dignidade violada. A simbologia da impunidade tolerada. Quando figuras centrais como o “Careca do INSS” operam com tamanha liberdade, mesmo sob investigação, isso revela uma lógica de impunidade tolerada. E quando se fala em “colocar a culpa nos antecessores”, “herança de falhas” ou “problemas estruturais”, o que se faz é camuflar a presença ativa de agentes corruptos. O momento profético de perdas e saídas. O anúncio de aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso do STF no início de outubro de 2025 é oportuno: ele afirmou que “não tem qualquer apego ao poder” e que eleger uma mulher para sua sucessão seria algo que veria “com gosto”.  É um gesto simbólico — mas não basta. O STF, que deveria ser escudo constitucional, também está sob risco de manipulações simbólicas. O Brasil mergulhou em uma bagunça institucional que parece não ter fim. As Forças Armadas, outrora vistas como guardiãs da soberania e da ordem, também são acusadas de conivência e omissão. Se a cúpula militar realmente foi “comprada”, como muitos acreditam, talvez o único caminho para resgatar a credibilidade fosse expor, com transparência e coragem, os próprios atos de corrupção dentro das fileiras. A vergonha pública poderia abrir espaço para uma nova geração, livre da contaminação ideológica e moral que domina o país. Trazer os militares de volta ao lado do povo, no entanto, exigiria algo raro nos dias de hoje: coragem e união . Só assim, talvez, fosse possível interromper o ciclo de impunidade e reconstruir as bases éticas de uma nação que insiste em tropeçar nos mesmos erros. Texto: mostb. com Fontes CNN Terra Agência Gov+1 Metrópoles https://www12.senado.leg.br/

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