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Stablecoin Tether avalia investir em mineradoras de ouro: uma nova fronteira para as criptomoedas?

A Tether, empresa responsável pela maior stablecoin do mundo (USDT), revelou que está em negociações para investir em mineradoras de ouro, ampliando sua estratégia de diversificação e aproximando-se de um ativo considerado, historicamente, o porto seguro dos investidores globais.


A movimentação ganha destaque após a companhia registrar lucros de US$ 5,7 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025, consolidando-se como uma das mais lucrativas do setor cripto.


Ouro como “Bitcoin natural”

Paolo Ardoino, CEO da Tether, tem defendido que o ouro é o “bitcoin natural”, pela sua escassez e pelo papel histórico como reserva de valor. Segundo ele, a integração entre ativos digitais estáveis (como o USDT) e commodities tradicionais pode criar um ecossistema híbrido, em que o ouro reforça a segurança e a credibilidade das stablecoins.


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“O ouro representa o que o bitcoin é no universo digital: um ativo finito, resistente à inflação e reconhecido globalmente como reserva de valor”, afirmou Ardoino em uma recente entrevista.




Estratégia de diversificação

A Tether já possui investimentos em diferentes frentes, incluindo:

  • Dívida pública dos EUA (treasuries), que garantem a lastreabilidade do USDT.

  • Infraestrutura de energia renovável e mineração de bitcoin.

  • Metais preciosos, em menor escala, dentro de suas reservas.

A entrada direta no setor de mineração de ouro sinaliza um passo além: não apenas deter reservas do metal, mas participar ativamente da sua produção, o que poderia assegurar suprimentos estratégicos e reduzir a dependência de intermediários.


Impactos para o mercado

O interesse da Tether no ouro levanta questões importantes:

  • Estabilidade das stablecoins: atrelar parte da operação ao ouro pode reforçar a confiança no USDT, frequentemente alvo de críticas sobre transparência e lastro real.

  • Convergência entre mundos: a união entre commodities físicas e ativos digitais pode atrair investidores tradicionais para o universo cripto.

  • Concorrência regulatória: governos e bancos centrais monitoram de perto a Tether, e um movimento em direção à mineração pode gerar novas tensões regulatórias, especialmente em países produtores de ouro.


O que esperar

Se confirmada, a aposta em mineradoras de ouro pela Tether pode inaugurar um novo modelo de negócio no setor cripto, em que empresas digitais passam a se tornar players relevantes em commodities globais.

Num momento em que os mercados buscam ativos de proteção contra a inflação e a instabilidade geopolítica, a associação entre stablecoins, bitcoin e ouro pode redefinir não só o ecossistema financeiro descentralizado, mas também o próprio futuro das finanças globais.


Texto: mostb.com

Fonte: ft

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