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Jair Messias Bolsonaro: O Mito, o Movimento e o Julgamento que Marca uma Era De capitão a fenômeno nacional


Jair Messias Bolsonaro nasceu em Glicério (SP), formou-se como oficial do Exército e foi vereador no Rio de Janeiro antes de passar quase três décadas como deputado federal. Durante esse período, construiu reputação de político combativo, conhecido por discursos diretos e defesa de pautas ligadas à segurança pública, porte de armas e valores familiares.

Quando o país mergulhou em crise econômica e descrença nas instituições, sua figura ganhou força. A Operação Lava Jato expôs esquemas de corrupção bilionários, e milhões de brasileiros ansiavam por mudança. Nesse cenário, Bolsonaro lançou sua candidatura presidencial em 2018, apresentando-se como “antissistema”.

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Sua campanha foi marcada por comunicação intensa nas redes sociais, lives semanais e um discurso que resgatava palavras de ordem como “Deus, Pátria e Família”. Muitos eleitores, cansados de promessas vazias, viram nele um representante da voz popular.


O atentado a faca durante a campanha reforçou a imagem de um candidato que “sobreviveu por milagre”, aumentando o fervor de seus apoiadores.

 

Em 1º de janeiro de 2019, Bolsonaro assumiu a Presidência e imediatamente imprimiu seu estilo. Incentivou manifestações cívicas, tornou o verde-amarelo onipresente e reavivou o hino nacional em estádios, praças e escolas. As celebrações do 7 de Setembro transformaram-se em atos de massa. Para admiradores, ele devolveu orgulho de ser brasileiro, defendendo soberania nacional e protagonismo militar. Para críticos, seu governo representou confronto com instituições e políticas ambientais e sanitárias controversas, especialmente durante a pandemia.


Bolsonaro sempre se apresentou como defensor da família tradicional e dos “bons costumes”, rejeitando pautas progressistas que, em sua visão, ameaçariam valores cristãos. Essa postura mobilizou grande parte do eleitorado evangélico e católico, reforçando a percepção de que seu governo protegia princípios éticos e religiosos. Para milhões de brasileiros, essa retórica significou finalmente ter um presidente que falava a mesma língua moral e cultural.


A tentativa de reeleição foi marcada por forte polarização. Após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, o país viveu episódios de protestos e tensão institucional. No dia 8 de janeiro de 2023, invasões e depredações em Brasília abalaram o mundo. Embora Bolsonaro não estivesse presente e tenha negado incentivo a tais atos, investigações buscavam ligações entre discursos e possíveis articulações de golpe.


Em 2025, o Supremo Tribunal Federal aceitou denúncias que acusam Bolsonaro de tentativa de golpe de Estado e outros crimes. A Corte formou maioria para condená-lo, embora a sentença final ainda possa ser revista em instâncias superiores. A defesa sustenta que não existem provas diretas que o vinculem a uma conspiração e denuncia “lawfare” o uso político do Judiciário. Medidas como tornozeleira eletrônica e restrições de contato foram consideradas desproporcionais por seus advogados.


O episódio remete a 2021, quando o STF anulou as condenações de Lula por questões processuais, permitindo seu retorno à política. Embora a decisão não tenha declarado Lula inocente, a percepção pública foi de favorecimento. Essa atitude reforça a sensação de parcialidade do tribunal, reacendendo desconfiança sobre a neutralidade do Judiciário.


Ministros que defendem a condenação afirmam que a responsabilização é necessária para proteger a democracia Nós perguntamos: Que democracia é essa que tem olhos apenas para um dos lados?

Mas o judiciário insiste em dizer que documentos e registros de reuniões que, segundo eles, demonstram tentativa de minar o processo eleitoral. Aqui fixa evidente que o STF concentra poder excessivo e que, ao agir também como acusador e julgador, corre o risco de ferir o princípio da separação dos poderes.


Jair Messias foi condenado a 25 anos e 3 meses de prisão, mas ele entrou para os livros da história com o Presidente que transcendeu a figura de político. Seus atos públicos continuam a atrair multidões: motociatas, carreatas e encontros que reafirmam um movimento de patriotas que ao contrário do que disse o ministro Barrosos "Vencemos o bolsonarismo" nós afirmamos que "Não! Não venceram e estão bem longe disso acontecer"


Para os seguidores de Bolsonaro, ele representa a luta contra a corrupção e a defesa da família, da soberania e da liberdade individual. É, para muitos, o símbolo de um Brasil que não se rende, um líder que acendeu a chama de um novo engajamento cívico.


O julgamento de Bolsonaro evidencia uma nação profundamente polarizada. Para uma parte, ele é herói patriótico; para uma minoria, que é minoria mesmo, pois não consegue fechar um quarteirão porém são alimentados pelo ativismo do STF e mais alguns artistas, e uma imprensa corrompida, esses veem Bolsonaro como ameaça à democracia, diga-se, democracia que eles pregam, pois ela milita e é apenas de uma lado. Essa divisão não é apenas política, mas cultural: reflete diferentes visões de mundo, de moral e de futuro. Uma Justiça que não convença amplamente corre o risco de minar a própria confiança popular que deveria proteger.


A história de Jair Bolsonaro está longe do fim. O “mito” que milhões abraçaram permanece como força política e cultural. Ele personifica a busca por um Brasil mais conservador e patriótico ou, para seus opositores, o alerta de como líderes carismáticos podem tensionar democracias. Seu legado, amado ou criticado, é um capítulo essencial da trajetória brasileira no século XXI.


Jair Messias Bolsonaro é mais que um ex-presidente: é um fenômeno que mobiliza paixões, reacende debates sobre liberdade, patriotismo e justiça, e desafia as instituições a provar sua imparcialidade. O “mito” que inspira milhões mostra que, no Brasil, a política é também uma batalha de símbolos e que o futuro do país será moldado não apenas por sentenças, mas pela capacidade de dialogar além das diferenças.

 

Sobre seu julgamento e seus julgadores...

A Competência do STF para Julgar Presidentes e Ex-Presidentes: Aspectos Constitucionais e o Caso Bolsonaro

A Constituição Federal de 1988 define, no artigo 102, inciso I, alínea “b”, que compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, “nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios ministros e o Procurador-Geral da República”.Essa prerrogativa é conhecida como foro por prerrogativa de função. O objetivo não é privilegiar autoridades, mas proteger o exercício de funções de Estado e garantir que acusações graves sejam analisadas pela mais alta corte do país.

  • Crimes de responsabilidade (como os que podem levar a impeachment) são julgados pelo Senado Federal, após autorização da Câmara dos Deputados, conforme o artigo 52 da Constituição.

  • Crimes comuns (corrupção, peculato, tentativa de golpe, entre outros) são de competência do STF quando o acusado ocupa cargo com prerrogativa.


No caso de Jair Bolsonaro, as acusações ligadas a suposta tentativa de golpe de Estado são tratadas como infrações penais comuns; portanto, o foro no STF é previsto.

Uma questão importante é se a competência do STF se mantém quando o investigado deixa de ser presidente. O entendimento consolidado pelo próprio STF, em julgamentos como o da Ação Penal 937 (2018), é que:

  • Se o fato investigado está diretamente relacionado ao exercício do cargo e o inquérito já estava em andamento quando o investigado ainda era presidente, o STF mantém a competência, mesmo após o fim do mandato.

  • Se a investigação é por fatos estranhos ao cargo e o mandato terminou, o processo é remetido à primeira instância.


Como os atos atribuídos a Bolsonaro ocorreram enquanto ele era presidente ou em desdobramentos imediatos da eleição de 2022, o tribunal entende que o foro permanece.


O ministro Luiz Fux, ex-presidente do STF, tem reiterado em diversos julgamentos que a Corte atua como guardião da Constituição. Ele defende que a prerrogativa de foro é um dever institucional, não um privilégio, e que o STF deve processar e julgar autoridades quando houver conexão com o exercício do cargo.


No julgamento de Bolsonaro, durante o seu voto, o ministro Luiz Fux iniciou destacando a importância da competência jurisdicional, afirmando que "a garantia do juiz natural é essencial para assegurar a imparcialidade e a independência dos magistrados". Ele ressaltou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia anulado processos inteiros por questões de competência, inclusive em hipóteses de incompetência relativa, o que, em sua visão, reforça a gravidade da situação quando se trata de incompetência absoluta. Fux também mencionou que, ao levar o caso às turmas do STF, "silencia vozes de ministros", sugerindo que a decisão deveria ser tomada pelo plenário da Corte. Por fim, ele concluiu seu voto reafirmando a jurisprudência da Corte e votou pela incompetência absoluta do STF para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus envolvidos no caso.


O julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal decorre de dispositivos que feriram a Constituição e abriu precedentes que deixam lacunas perigosas. O devido processo legal não foi respeitado. Provas, debates, declarações dos advogados de defesa, pareceram ter sido jogadas ao vento. Denuncia com provas do ex-assessor de Moraes veio a tona, mas de nada adiantou para parar anular todo o processo contra Bolsonaro.


O que vemos hoje no Brasil é...

Um Supremo Tribunal Federal (STF) cada vez mais marcado por uma atuação política e parcial. Sua atual composição demonstra uma forte influência de interesses e posicionamentos ideológicos, especialmente em julgamentos que envolvem figuras de destaque, como o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ao analisar mais de perto a trajetória de alguns ministros, torna-se evidente a complexa interseção entre carreiras profissionais, relações pessoais e convicções ideológicas, fatores que, segundo críticos, afetam diretamente a percepção pública sobre a imparcialidade e a credibilidade da Corte.



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A ministra Cármen Lúcia, indicada ao STF durante o governo de Dilma Rousseff, tem sua trajetória vinculada a um período político marcado pelo fortalecimento do Partido dos Trabalhadores (PT) e de alianças que moldaram a política brasileira na última década. Embora reconhecida por sua atuação jurídica, suas decisões e posicionamentos são frequentemente analisados à luz desse contexto, sobretudo quando envolvem julgamentos de grande repercussão política. A "frase de Cármen Lúcia que entra para a história "pequenos tiramos" refere-se ao contexto da declaração da ministra do STF, quando afirmou ser preciso "impedir que 213 milhões de pequenos tiranos soberanos dominem os espaços digitais no Brasil" durante um julgamento em 27 de junho de 2025.


Outro exemplo significativo é o ministro Zanin, cujo relacionamento pessoal com o ex-presidente Lula é amplamente conhecido. Zanin atuou como advogado de Lula e mantém vínculos familiares estreitos: Lula é padrinho da esposa do ministro. Essa relação reforça a percepção de proximidade política e pessoal com o ex-presidente, levantando questionamentos sobre a neutralidade de suas decisões em casos que possam afetar direta ou indiretamente interesses ligados a Lula ou ao PT. Para críticos, essas conexões vão além da esfera meramente jurídica e sinalizam potenciais conflitos de interesse ou inclinações ideológicas.


O ministro Flávio Dino é outro exemplo emblemático. Declaradamente comunista, sua trajetória política e ideológica é pública e influente. Como ex-governador e figura de destaque da esquerda brasileira, suas decisões no STF são frequentemente interpretadas à luz de sua visão política, especialmente em casos que envolvem líderes conservadores ou pautas consideradas contrárias aos princípios defendidos por sua corrente ideológica. Em uma de suas declarações "... Reafirmo que sou comunista", dita numa entrevista em 2015 à TV Brasil, à época em que era governador do Maranhão pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). 


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Além desses exemplos, declarações públicas de outros ministros também têm reforçado a percepção de parcialidade. O ministro Luís Roberto Barroso, por exemplo, chegou a afirmar “Vencemos o Bolsonarismo”, frase que repercutiu amplamente e alimentou o debate sobre a linha tênue entre função institucional e posicionamento político pessoal. Tais declarações, embora possam refletir opiniões legítimas de um cidadão, geram questionamentos sobre a neutralidade esperada de quem ocupa um cargo de tamanha relevância na interpretação da Constituição e na definição do destino político do país.


Essa intersecção entre política, ideologia e relações pessoais no STF evidencia um desafio estrutural: como assegurar que decisões de enorme impacto público sejam percebidas como imparciais, mesmo em um contexto de alta polarização política. Para setores da sociedade, a percepção de que alguns julgamentos possam ser influenciados por vínculos políticos ou ideológicos mina a confiança na Suprema Corte e reforça narrativas de que o Judiciário estaria agindo de forma seletiva, beneficiando determinados atores políticos em detrimento de outros.


Em suma, a análise das trajetórias de Cármen Lúcia, Zanin, Flávio Dino e Barroso revela não apenas suas experiências jurídicas, mas também uma rede de conexões políticas e ideológicas que moldam, para muitos, a interpretação de suas decisões. No contexto atual, essas relações contribuem para um cenário de intensa polarização, onde cada julgamento é observado sob o prisma da política e da ideologia, tornando o debate sobre imparcialidade e independência do STF central para a compreensão do equilíbrio entre Justiça e política no Brasil contemporâneo.

 

Alexandre de Moraes: O Supremo Tribunal Federal, as Investigações Internacionais e as Sanções dos Estados Unidos

O ministro Alexandre de Moraes tem sido uma figura central no cenário político e jurídico brasileiro, especialmente após sua atuação destacada em processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Sua postura firme em defesa da democracia e do Estado de Direito, embora aplaudida por muitos, também gerou controvérsias e críticas, tanto no Brasil quanto internacionalmente.


Desde sua nomeação ao STF, Moraes tem se mostrado com uma postura de ataque, seu foco é neutralizar patriotas e isolar Bolsobaro. Ele conduz as investigações, ele é a vitima e também o juiz. Não há como acreditar que a justiça brasileira esteja sendo imparcial no que se refere a politica no atual momento. O que é mentira, passa a ser verdade para o judiciário e o que é verdade vira mentira. A posição de Moraes chega a assustar.


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Nas redes sociais, muitos argumentam que suas ações extrapolam os limites da atuação judicial, configurando um ativismo judicial que pode comprometer a separação dos poderes. A centralização de decisões e a condução de investigações de forma independente têm sido apontadas como práticas que desafiam o equilíbrio institucional. Moraes não apenas demonstrou em suas declarações a sua perseguição contra os patriotas, mas ele demonstrou em um gesto que nunca mais iremos esquercer. O ministro Alexandre de Moraes fez um gesto com a mão no pescoço, interpretado como um sinal de "degola", durante uma sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em setembro de 2022, enquanto julgava casos sobre as "lives" de Bolsonaro. O gesto, que gerou repercussão e especulações, foi, segundo o TSE, uma brincadeira com um assessor. 


Dito isso, esperamos que a verdadeira justiça seja feita. Que a verdade apareça. Que os verdadeiros criminosos sejam punidos. Que a anistia aconteça para os presos de 8 de Janeiro e que o Brasil volte a ter paz e seja novamente uma só nação.


Texto: mostb.com

Fontes: Reuters TV Senado Diário do Poder  Gov.br Reuters


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