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Fraude bilionária no INSS: Quem são os investigados, quanto receberam e como se conectavam.


pessoas envolvidas no escandalo do INSS


A Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF) e Controladoria- Geral da União (CGU), revelou um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, que movimentou cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A CPMI do INSS aprovou, por unanimidade, pedido de prisão preventiva de 21 investigados, entre ex-diretores, procuradores, lobistas, advogados e intermediários.

Principais nomes investigados e valores suspeitos.








Nome

Cargo / Conexão com o INSS

Valor recebido (estimado)

Período das transações

Antônio Carlos Camilo Antunes (“Careca do INSS”)

Lobista / intermediário central

R$ 53,58 milhões (via entidades associativas); repassou R$ 9,32 milhões a servidores e empresas da cúpula

Até 2024 (dados da PF)

Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho

Ex-procurador-geral do INSS

R$ 11,9 milhões recebidos; R$ 7,5 milhões repassados à esposa e R$ 18,3 milhões de acréscimo patrimonial em 6 meses

Início de 2023 a 2024

Thaisa Hoffmann Jonasson

Companheira de Virgílio e sócia de empresa envolvida

Beneficiária dos repasses de R$ 7,5 milhões + um Porsche Taycan (~R$ 1 milhão)

Fevereiro a junho de 2024

André Paulo Félix Fidelis

Ex-diretor de Benefícios do INSS

R$ 5,2 milhões via empresas do filho

Até julho de 2024

Eric Douglas Fidelis

Filho de André; advogado intermediário

Mencionado como possível receptor/movimentador dos R$ 5,2 milhões

Mesmo período de André

Alexandre Guimarães

Ex-diretor de Governança do INSS

R$ 313 mil recebidos por meio de sua empresa Vênus Consultoria

Março de 2023 a abril de 2023

Philipe Roters Coutinho

Policial Federal lotado em Congonhas

Não há valor claramente atribuído; foi filmado com Virgílio e Danilo Trento em aeroporto em novembro de 2024

Intermediação logística O

Maurício Camisotti

Empresário controlador de associações

Citado como envolvido, mas valores não especificados

Não divulgado com precisão

Demais investigados: Cecília Mota, Maria Paula, Alexandre Guimarães, Rubens Costa, Romeu Antunes, Domingos Castro, Milton Júnior, Adelino Júnior, Geovani Spiecker, Reinaldo Almeida, Jucimar Silva — todos elencados pela CPMI, sem valores detalhados

Diversos cargos ligados à cúpula do INSS ou intermediários

Não especificado pela PF ou imprensa

Não detalhado nas fontes


O esquema operava com descontos automáticos na folha, organizados por associações conveniadas, em benefício dos investigados:

  • Antunes movimentava altas somas com associações, repassando para servidores como Virgílio, André Fidelis e outros, via empresas ou parentes.

  • Thaisa, esposa de Virgílio, recebeu grande parte dos repasses e adquiriu bens de luxo (Porsche).

  • Eric Fidelis, filho de André, atuava como intermediário de recursos.

  • Guimarães recebeu por meio de sua consultoria recém-constituída.

  • Philipe Coutinho prestou ajuda logística, fotografado com Virgílio.

Em resumo, os recursos fluíam da Prospect Consultoria / associações intermediadas por Antunes, passando por empresas e pessoas ligadas à cúpula do INSS, muitas vezes mediante triangulações envolvendo familiares.

 

Você deve estar se perguntando,


Qual é o papel de Frei Chico, irmão de Lula, na Fraude do INSS?

Em 4 de setembro de 2025, a CPMI do INSS aprovou requerimentos para quebrar sigilos de pessoas vinculadas ao sindicato, buscando informações sobre contas bancárias e atividades da entidade entre 2015 e 2025. Embora Frei Chico não seja mencionado diretamente, essas ações colocam a instituição sob intenso escrutínio público.


1. Vice-presidente do Sindnapi

Frei Chico é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), que está entre as 11 entidades investigadas no esquema de descontos não autorizados em benefícios do INSS.


2. Sindnapi como alvo da PF

— Em abril de 2025, a PF deflagrou a Operação Sem Desconto com mandados de busca e apreensão na sede do Sindnapi — entidade presidida por Frei Chico. O sindicato foi descredenciado do sistema que permitia descontos automáticos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.


3. Arrecadação aumentada

Entre 2019 e 2024, a arrecadação do Sindnapi com descontos em aposentadorias e pensões saltou 414%, alcançando R$ 90,5 milhões em 2023, conforme dados da PF. Importante: esse montante é parte dos R$ 6,3 bilhões estimados da fraude total envolvendo todas as entidades investigadas (não exclusivamente o Sindnapi).


4. Frei Chico não é investigado pessoalmente

Até agora, não há indícios nem evidências de que Frei Chico esteja sob investigação ou tenha sido alvo de prisão. Ele nega irregularidades e declarou que espera que a PF realize uma investigação transparente.


5. Quebra de sigilo do sindicato

Em 4 de setembro de 2025, a CPMI do INSS aprovou um requerimento para quebrar sigilos de pessoas vinculadas ao Sindnapi, mas isso não implica em convocação nem acusação direta contra Frei Chico.


6. Declaração de testemunha

Em depoimento à CPMI, o advogado Eli Cohen, que auxiliou nas apurações preliminares, afirmou que Frei Chico "provavelmente é um laranja do esquema", sem, entretanto, formalizar uma acusação legal contra ele.



Texto: mostb.com



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