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Virginia Fonseca e a CPI das Bets:

Virginia Fonseca, deu um show de inteligência emocional e caráter.


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Nesta terça-feira, 13 de maio, a influenciadora Virginia Fonseca prestou depoimento na CPI das Bets uma comissão que, embora tenha como objetivo investigar irregularidades no setor de apostas esportivas, tem se mostrado mais interessada em promover espetáculo do que buscar soluções reais.


Entre as perguntas feitas a Virginia, uma em especial chamou atenção pela sua superficialidade e, francamente, beirou o ridículo. A deputada Soraya Thronicke, dirigindo-se à influenciadora, questionou:“Gostaria de saber como a senhora ficou milionária?”


Fica a dúvida: estaria a deputada buscando inspiração para trilhar o mesmo caminho? Aparentemente, sim. E, se não bastasse o tom inadequado da pergunta, a deputada ainda "aconselhou" Virginia a deixar de fazer publicidade para empresas de apostas, afirmando que ela “não precisa do dinheiro das bets”. A resposta da influenciadora foi curta:“Vou chegar em casa e pensar.”


Pode até ser que Virginia pense a respeito, mas a verdade é uma só: não é responsabilidade dela o vício ou a decisão de terceiros em apostar. Se formos responsabilizar influenciadores pelas ações de seus seguidores, então teremos que abrir CPI da indústria de bebidas alcoólicas, afinal, os números de mortes, acidentes e famílias destruídas por conta do álcool no Brasil são alarmantes e, ainda assim, seguem sem medidas efetivas.


E por que não uma CPI do consumo compulsivo? O vício em compras é uma realidade e leva muitas pessoas à falência. Então as lojas devem parar de anunciar? Os shoppings devem fechar as portas? O Mercado Livre e os e-commerces devem ser banidos da internet?


A vida é feita de escolhas individuais.O nome já diz: indivíduo. Cada pessoa é responsável por suas decisões, desde a hora em que acorda até o momento de dormir. Atribuir a culpa a terceiros por decisões pessoais é um caminho perigoso e reducionista.


Essa CPI, como tantas outras, tem servido mais para exibição política do que para solução prática. Enquanto parlamentares discutem a fortuna de uma influenciadora, o verdadeiro problema do Brasil continua a sangrar os cofres públicos: a corrupção. Essa sim deveria ser investigada com urgência e seriedade — mas parece que dá menos ibope.


Texto: mostb.com

Imagem: Internet



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