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Donald Trump propõe investigar causas do aumento do autismo

Atualizado: 18 de jan.


Em um discurso recente, Donald Trump destacou sua intenção de realizar uma ampla investigação para identificar as causas do aumento nos diagnósticos de autismo. O ex-presidente afirmou que o crescimento dos casos ao longo das últimas três décadas é alarmante e precisa ser melhor compreendido para que medidas preventivas possam ser adotadas.




“Há algo acontecendo. Não podemos ignorar o fato de que o autismo tem crescido em números que ninguém esperava. Vamos lançar uma grande pesquisa para entender esse aumento e proteger nossas crianças”, declarou Trump, reafirmando seu compromisso com a saúde pública e o bem-estar infantil.


O aumento nos números de autismo?

Há 30 anos, em 1995, a taxa estimada de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) era de aproximadamente 1 em cada 500 crianças nos Estados Unidos. Em 2023, esse número subiu para cerca de 1 em cada 36 crianças, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Esse aumento expressivo tem gerado debates sobre possíveis causas, como avanços no diagnóstico, fatores ambientais, genéticos e mudanças no critério de avaliação do transtorno.


O que pode estar por trás do aumento

Especialistas apontam várias possibilidades que podem estar influenciando os números:

• Melhoria nos métodos de diagnóstico: Os avanços na compreensão do TEA possibilitaram diagnósticos mais precoces e abrangentes, incluindo crianças com sintomas mais leves.

• Fatores ambientais: Estudos sugerem que poluentes, pesticidas e outras substâncias químicas podem contribuir para alterações neurológicas.

• Mudanças genéticas: Pesquisas indicam que fatores hereditários desempenham um papel importante no risco de desenvolvimento do autismo.

• Maior conscientização: O aumento no reconhecimento do transtorno pela sociedade e pelos médicos tem levado mais famílias a buscar diagnóstico.


O impacto de uma nova pesquisa

A proposta de Trump de investigar mais a fundo as causas do autismo pode abrir caminho para descobertas importantes e avanços na área da saúde. Organizações de apoio a famílias de pessoas com TEA elogiaram a iniciativa, mas destacaram a necessidade de abordar o tema com base científica e responsabilidade, evitando informações equivocadas que possam prejudicar o debate.


O compromisso com uma investigação abrangente, que inclua fatores genéticos, ambientais e sociais, poderá não apenas ajudar a entender o aumento do autismo, mas também fornecer insights para políticas de inclusão e suporte às famílias que convivem com o transtorno.


No Brasil, não há dados precisos e consolidados sobre o número de crianças nascidas com autismo há 30 anos devido à falta de estudos epidemiológicos amplos na época. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) não era tão bem compreendido, e o diagnóstico era subnotificado, o que torna difícil obter números exatos.


Nos últimos anos, o diagnóstico de TEA aumentou significativamente no Brasil, refletindo uma maior conscientização e avanços na identificação. Estima-se que o transtorno afete cerca de 1 a cada 54 crianças globalmente, segundo dados do CDC (Centers for Disease Control and Prevention) dos EUA, que são frequentemente usados como referência no Brasil.


No Brasil, segundo estudos recentes, o índice de crianças diagnosticadas com TEA está em torno de 1 a cada 44.


Enquant isso o atual governo, em janeiro de 2024, Lula vetou um trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que previa a manutenção e o funcionamento de centros de referência para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A justificativa do governo foi que o dispositivo não especificava a natureza desses centros, podendo abrir margem para financiamento público de clínicas privadas, o que geraria insegurança na gestão orçamentária.


Além disso, em janeiro de 2025, o presidente vetou um projeto de lei que concedia pensão vitalícia e outros benefícios a famílias de crianças com microcefalia causada pelo vírus da zika, substituindo-o por uma medida provisória que prevê apenas uma indenização única de R$ 60 mil. Essa decisão gerou críticas de parlamentares e familiares das vítimas.

Para ler o texto original da nova proposta, e as modificações da Lei que já existia acesse aqui.



Texto: mostb.com

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